Não cabe aqui dizer
O que estava alucinado.
Aceito o papel para dizer
Sem fazer papéis.
O que o rosto mostra
Não atravessa o espelho.
Há horas refletidas em demasia
No que queremos encontrar.
(Abrir os olhos é o primeiro aplauso do dia,
Fechá-los é sair solitário do palco).
(Há um passeio que meus dentes fazem
Na mesma blusa que os dedos amanhecem).
Se não há uma miragem para dizer
Que a lábia se diga com os lábios em outros.
Os olhos cerram frente à punhalada
Do beijo.
E nada sossega.
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