06/09/2010

Para um segundo sem medidas... E outro para não ter o que fazer. E para diminuir os leitores.

Não há medidas, nem medidas a serem tomadas num copo para falar as palavras aos beijos, quando os beijos eram falta de palavras. Não há medidas no lastro da cama quando o sonho acorda estendido no chão, encontra o copo não tomado na noite e afunda a garganta de ardências, enquanto os dois empenhados na cama, afugentam as mãos para debaixo da cama a fim de encontrar o que caíra... as mãos tocam no copo que vira todo na garganta... Há medidas a serem tomadas dentro da garganta. A garganta não refugia os beijos. As palavras ficaram na cama, nas dobraduras do lençol. Foi necessário o chão sentir sede do copo virado para o lastro da cama sentir a secura do fogo que trepida, enquanto os dois tentam encontrar um modo de pesar a cama contra o chão e abafar o incêndio, mas a palavra querer pegar fogo e abana os lençóis...

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