17/11/2011

A liberdade vem de baixo

                        uma letra para Itamar Assumpção

Tô descalço na brasa,
tem que ver,
nada melhor
pra soltar a valsa que deixar
o inferno queimar
Não sinto falta de há mar
para todos os navegantes

Tô descalço
Não me venha com gravata,
Tô no ato de nudar
minha roupa,
não é grave, mas grava
meu último pedido
Quero passar os dias descalços,
não me venha atar cada ato falso,
sofro de palhaço nos pés
Saia que vou a pé,
não visto passaporte
pra dar porte saio pelo norte,
visto foi um par de sapatos
louco por mim
Diga que vou sem par,
topo enganar o vivente
que me vê na estrada
quando o que quero é sentir o mar
afiar minha sola,
virar sal,
dizer que não há nada igual
aos pés avulsos
marcadamente um abuso
viver solto

Um comentário:

Anônimo disse...

Aqui, há mar...