14/06/2010

Isso do viver

I

Isso do viver. O ato de soltar o objeto na margem sabendo que as águas irão chegar jangadas de empurrões para precipícios assunta meus picadeiros no empenho das pernas para o desequilíbrio. Ou que uma viola espancada por raízes traga o número de pássaros para desafiar o objeto, alimentá-lo pela imagem grão.

II

Isso do avivar. O alimento de toda a vida tem porões que sobem à garganta.

III

Carta deixada no Hotel Assisense.

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Aquelas palavras nunca foram senão para terras que calço de ato inlavável. Isso de olhar bananeiras era a paisagem que ofertava. Sim, era o sexo cachaço debaixo das bananeiras e gritar macunaímas para que o rio venha sofrer sua pele na Travessa Garibaldi. Sim, nunca irá nesse lá, pois tal terra salga fronteiras de idas que não moras. Ver os descaminhos de teus brincos é ver talvez as únicas luzes que atravessam bananeiras enquanto deito tatuagens que jamais encontrarás, mal ouves o choro das galinhas vendidas aos fogos na esperança de revolver milhas entre cinzas que também nunca farás pó. Não leu a palavra pó. Tem que ler a palavra pó para saber da outra maquiagem de mulher.

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